Bill Rielly tinha tudo: um diploma em West Point, uma posição executiva na Microsoft, forte fé, uma grande vida familiar e muito dinheiro. Ele até se dava bem com seus sogros!
Então, por que ele tinha tanto estresse e ansiedade que mal conseguia dormir à noite?
Eu tenho trabalhado com Bill há vários anos e nós dois acreditamos que sua experiência poderia ser útil para outros indivíduos capazes e motivados.
Em dado momento, nenhum nível de sucesso parecia suficiente para Bill. Ele aprendeu em West Point que a maneira de resolver problemas era perseverar em qualquer dor.
Mas essa abordagem não parece funcionar com a redução do estresse.
Quando ele terminou sua segunda maratona alguns minutos mais devagar do que seu objetivo, ele sentiu que havia falhado. Então, para tornar as coisas “certas”, ele correu outra maratona apenas cinco semanas depois.
Seu corpo rejeitou essa ideia e ele terminou uma hora mais devagar do que antes.
Finalmente, sua esposa o convenceu a descobrir o que realmente estava impulsionando seu estresse. Ele passou os anos seguintes procurando maneiras de encontrar mais alegria na jornada.
No processo, ele encontrou cinco ferramentas. Cada uma era bastante comum, mas juntas provaram a mudança de vida e possibilitaram seu sucesso posterior como executivo da Apple.
Respiração
Ele começou pequeno, respirando profundamente três vezes cada vez que se sentava em sua mesa. Ele descobriu que o ajudava a relaxar.
Depois que as três respirações se tornaram um hábito, ele expandiu para alguns minutos por dia. Ele descobriu que estava mais paciente, mais calmo, mais no momento.
Agora ele faz 30 minutos por dia. A respiração restaura sua perspectiva, enquanto permite que ele dê uma nova olhada em uma questão ou problema e encontre novas soluções.
Exercícios de respiração profunda fazem parte das práticas de ioga há milhares de anos, mas pesquisas recentes feitas no Massachusetts General Hospital de Harvard documentam o impacto positivo que a respiração profunda exerce sobre a capacidade do seu corpo de lidar com o estresse.
Meditação
Quando Bill ouviu pela primeira vez sobre meditação, achou que era para hippies. Mas ele ficou surpreso ao encontrar meditadores que ele reconheceu: Steve Jobs, Oprah Winfrey, Marc Benioff e Russell Simmons entre eles.
Encorajado, ele começou com um minuto por dia. Sua meditação consistia em “varredura corporal”, que envolvia concentrar sua mente e energia em cada parte do corpo, da cabeça aos pés.
Uma pesquisa recente em Harvard mostrou que meditar por apenas 8 semanas pode realmente aumentar a massa cinzenta nas partes do cérebro responsáveis pela regulação emocional e aprendizagem.
Em outras palavras, os meditadores aumentaram seu controle emocional e poder do cérebro!
Ouvir
Bill descobriu que, se ele se concentrasse em ouvir outras pessoas da mesma maneira que ele se concentrava quando meditava, sua interação imediatamente se tornava mais rica.
A outra pessoa podia sentir que ele estava ouvindo, quase fisicamente. E quando sabiam que ele estava ouvindo, formavam um vínculo com ele mais rápido.
A vida quase que imediatamente pareceu mais rica e significativa. Como observou empiricamente o professor Graham Bodie, ouvir é o comportamento positivo de comunicação interpessoal por excelência.
Questionar
Esta ferramenta não é sobre fazer perguntas a outras pessoas, é questionar os pensamentos que sua mente cria. Só porque sua mente cria um pensamento, isso não o torna verdadeiro.
Bill adquiriu o hábito de se perguntar: “Isso é verdade?” E se ele não estivesse absolutamente certo, ele simplesmente deixaria para trás.
Ele disse: “Agradeça à sua mente por ter pensado e siga em frente. Eu achei isso libertador, pois me deu uma saída para pensamentos negativos, uma válvula de escape que eu não tinha antes.”
A técnica de questionar seus pensamentos foi popularizada por Byron Katie, que defende o que ela chama de “a grande anulação”. Sua experiência e pesquisa mostram que há poder em reconhecer, em vez de reprimir pensamentos negativos.
Em vez de tentar ignorar algo que acreditamos ser verdade, o questionamento nos permite ver nossos pensamentos “face a face” e desacreditá-los porque são falsos.
Propósito
Bill se comprometeu a viver com propósito. Não um propósito de vida – era mais fácil do que isso. Ele se comprometeu a propositadamente fazer o que ele estava fazendo. Fazer aquilo e somente aquilo.
Se ele decidia assistir TV, ele realmente assistia. Se ele estava fazendo uma refeição, ele aproveitava o tempo para apreciar a refeição.
Há pesquisas para apoiar a experiência de Bill.
Em “A Pace Not Dictated by Electrons: An Empirical Study of Work Without Email”, Gloria Mark e Armand Cardello citam evidências para sugerir que os trabalhadores do conhecimento chegam a verificar o e-mail 36 vezes por hora. O resultado é um aumento do estresse.
Dar a cada atividade sua atenção total garante que você esteja no momento e vivendo plenamente essa experiência.
Um ponto importante para Bill em tudo isso foi começar pequeno – muito pequeno. É importante porque você não consegue suportar o estresse de maneira estressante.
Muitas vezes tentamos trazer mudanças através de um esforço e colocamos toda a nossa energia em uma nova iniciativa. Mas você não consegue vencer o estresse usando as mesmas técnicas que criaram o estresse em primeiro lugar.
Em vez disso, a chave é fazer menos do que você acha que quer.
Se você sentir vontade de respirar fundo por dois minutos, faça isso por apenas um minuto. Se você está disposto a ouvir as pessoas profundamente, faça isso apenas na próxima reunião. Deixe-se ansioso para tentar novamente.
O que você quer é desenvolver um hábito sustentável: uma abordagem livre de estresse para reduzir o estresse.
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Este artigo é uma tradução do Awebic do texto originalmente publicado em Harvard Business Review escrito por Greg Mckeown.
Imagens: pexels.com e pixabay.com
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